First And Last Love - Capitulo 1

Americano mal educado

POV Charlotte

Querido diário,

  Estou dentro de um avião com destino a América, adorava ir no USA quando pequena, mas morar lá é uma coisa que eu nunca tinha pensado, até me obrigarem, meu irmão disse que é melhor ir morar com a maluca da minha mãe do que ficar lá com o bêbado do meu pai, mas se ele pode ficar, porque eu não ?

  O Gui diz que isso são coisas da vida, então minha vida é muito "coisada". Minha infância foi resumida em bullyng, meus pais são separados, mas meu pai não aceita isso e desconta tudo na bebida, estava cansada dele chegar em casa brigando e dizendo que a culpa era nossa, Guilherme só saía de casa e não estava nem ai, mas como a troxa aqui ligava tive que vir morar com a minha "mãe".

  Minha mãe... Eu não posso chamá-la exatamente de mãe, ela á atriz... de teatro, nunca teve sua grande chance na Rússia e por isso foi parar em Miami, eu acho que Los Angeles seria mais indicado, mas ela sempre sonhou em morar em Miami, eu nunca tive uma relação mãe e filha com ela, tudo bem que ser amiga da sua mãe é legal, mas as vezes não é disso que eu preciso. Ela está me recebendo de braços abertos, mas não sei se vou querer abraçar ela.

  Eu sentirei falta da Rússia, não estou deixando nada de importante, tirando o meu irmão, mas foi lá que eu cresci e nunca pensei que faltando menos de um ano pra minha maioridade eu teria que ir morar com a Lívia, pois é, eu escrevi tanto mãe, mas na verdade eu chamo ela de Lívia. Agora preciso descançar porque morar com minha "mãe" vai ser uma tarefa cansativa.

[ ... ]

  Acordei com a aeromoça me chamando, não entendi muito bem o que ela disse pois estava com sono e sem cabeça pra entender o incrível e embolado inglês. Me levantei e peguei minha bolsa, procurei o celular e o liguei, mensagem do Gui de boa sorte, da minha mãe de "estou feliz que esteja vindo morar comigo" e uma ligação não atendida da minha nova acadêmia de dança, tomara que pelo menos a daqui seja melhor do que a de Moscou.

  Assim que desembarquei varri o aeroporto com os olhos tentando encontrar minha mãe, nada, a única coisa que consegui foi sentir dor de cabeça, coloquei a mão nela imeditamente e quando vi uma bola rolando no chão vi que não era só uma dor de cabeça, aquilo era bola de basquete. Me abaixei pra pegá-la e me virei ainda com a mão na cabeça, estava doendo mesmo. Um menino de vermelho e preto se aproximou de mim meio sem graça:

Eu: Essa bola lhe pertence ? - Eu perguntei e ele deu um sorriso amarelo.
x : Sim, é... acertei em você ? - Um homem de preto apareceu atrás dele.
Eu: Acertou sim, toma! - Entreguei a bola pra ele irritada, parece que os americanos são sem educação.
x : Me desculpe, a culpa é do Dave. - Apontou pro cara de preto que deu um risinho.
Eu: Não à problemas, mas aqui não é lugar para atividades esportivas. - Ele fez uma cara confusa.
x : Porque é que você fala tudo certinho ?
Eu: Eu não falo "certinho", só não falo gírias. Agora me dê licença, minha mãe deve estar achando que eu morri.

  Saí de lá ainda com dor de cabeça procurando aquela maluca que infelizmente é minha mãe, sentei num banco da lanchonete e mandei uma mensagem dizendo onde estava, em alguns minutos ela chegou, vestido vermelho apertado com um blazer preto por cima, maquiagem forte e os longos cabelos loiros tingidos soltos, eu prefiro a cor natural que é preto, mas ela diz que amarelo combina com azul, (que é a cor dos olhos dela) e a deixa parecida com a Cameron Diaz. Iludida:

Lívia: Filhinhaaaa!!!! - Ela veio andando rápido porque correr de salto não dá.
Eu: Olá, Lívia. - Eu disse sem animação.
Lívia: O que foi ?
Eu: Nada, apenas estou com dor de cabeça.
Lívia: Vamos pra casa ?
Eu: Sim, você tem outro namorado ? - Ela assentiu rindo.
Lívia: Vocês vão se dar bem, ele tem apenas 23 aninhos.
Eu: Bom, é quase uma pedófilia, mas ok!
Lívia: Você é que tá precisando de namorado filhinha.
Eu: Muito obrigado pelo concelho mas eu estou bem assim.
Lívia: Não, você está conformada, é diferente.
Eu: Se eu fosse ter um namorado, certamente não o encontraria aqui porque a primeira pessoa que eu conheci na América me deu uma bolada na cabeça.
Lívia: Nossa, você fala que nem minha avó! Vamos, vamos, vamos!
Eu: Só uma coisa, eu não gosto dessas espressões repetitivas, pronuncie apenas uma vez que já o bastante para eu entender.
Lívia: Você precisa adquirir uma linguagem mais coloquial filhinha.
Eu: Não, estou bem falando desta maneira.
Lívia: Quer passar na rua da sua nova escola ?
Eu: Seria... legal.
Lívia: Legal já é um começo, vamos então!

  E aê mahomies ? Gostaram do primeiro capitulo ? Se acalmem que eu logo vou postar Crazy Love, estou sem aula e tenho mais tempo, se gostaram deixem um comentário.